Supervisão em Terapia Sexual
Ser terapeuta por vezes é solitário. Cada caso é único. As demandas aparecem misturadas, incertas, bem diferente do que estudamos na faculdade e até mesmo nos cursos de aprofundamento e especialização
Fazer supervisão é ter com quem trocar ideias, tirar dúvidas, compartilhar angústias e planejar estratégias de atendimento
Auxilio psicólogas e profissionais de saúde (ginecologistas, fisioterapeutas, enfermeiras…) na condução de casos considerados desafiadores, em que a sexualidade e suas diversas manifestações exercem papel central. Dentro desse processo, o profissional aprende as melhores técnicas para cada caso e desenvolve confiança e autonomia.
Enquanto supervisora, me realizo entrando em contato com casos complexos e ajudando outras profissionais a se desenvolverem e a se sentirem mais seguras para atender.
E aí chego num lugar do tornar-se terapeuta que é absolutamente comum: o lugar do não saber. E esse lugar é passagem comprada para novos destinos, porque o que vem depois é aprendizado, atualização.
Na supervisão experimentei isso com a Mari, uma profissional fantástica e muito capacitada que me ensinou a ser uma psicóloga melhor, justamente por assumir comigo esse movimento de acolher o humano inteiro que chega no meu consultório.
Sexualidade não é um pedaço a parte das pessoas que atendemos, saber sobre isso é saber do comum, do ordinário que compõe o repertório de experiências de qualquer pessoa.
Quantas vezes a gente ouve as queixas dos clientes sobre esse assunto e deixa passar por que não sabe bem o que fazer?
Pois, colegas, todo tempo é sempre tempo de aprender, de se expandir.